sábado, 13 de agosto de 2011

O que o Vento não levou

foto: Fabricio Vianna


Abri os meus olhos para tudo o que construímos, revivi as lembranças das casas portentosas e as mais peculiares que abrigaram a nossa poesia. O Desterro foi uma luz que dividimos em meio a tantos árduos trabalhos corridos. No brilho da cantoria dos momentos de aquecimento, surge as novas amizades e aquelas que o destino incumbiu de fortalecer mais e mais. Brilha mais e mais. Sinto nos corações de muitos, a vontade de seguir avante! Seguir avante!
Mas o fato de chegarmos juntos até aqui, não encerra na possibilidade de que todos juntos seguiremos. Mas reverencio a lembrança feita e construída, pois sou uma profissional do que é humano. Diante das crises de nossa convivência pessoal, vem um vento forte, abala nossas estruturas e todas as discussões tornam-se levianas. Como diz Mario Quintana:
No fim tu hás de ver
que as coisas mais leves são as únicas coisas
que o vento não conseguiu levar:

um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

Quando nos deparamos com o medo da perda, nos prostramos humildemente ao que não está ao nosso alcance.
Eliane Ribeiro

3 comentários:

  1. "Seguir me custa esforço, mas permanecer me custaria o dobro.
    Caminho, a esmo sim, porque não cabe em mim quedar parado"

    Seguimos nós, de corações unidos em consternação e força.
    Alegria e flores, avante.

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  2. ...e ela foi... tinha que ir... bem quando eu achava que estava tudo certo pra ela ficar... doeu viu... ainda tá doendo estranho e apertado... uma enxurrada de lembranças junto com as lágrimas... lavou tudo... pingou saudade... Fique em paz, fique calma e não tenha medo! Luz menina linda, Luz menina branca... Luz... Amor...

    Bruna Moscatelli

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  3. Obrigado pelas belas palavras Li... Seguiremos! Agora mais do que nunca!

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